Nada vive para sempre, sempre.
Os cães, as cadelinhas irão morrer.
Os gatos fogem pelos nossos intestinos acima.
Os nossos avós ficam num estado terminal e acabam por morrer, de forma bonita e romântica.
Nada vive para sempre, sempre.
As avestruzes vão deixar de enfiar a cabeça na areia.
O céu há de passar de azul para amarelo torrado.
A neve vai deixar de cair, durante o inverno.
Nada vive para sempre, sempre.
O mar há de deixar de ejacular ondas para a boca da areia.
As nossas mentes cheias de ideias erradas também hão de rebentar.
Lisboa há de ser uma fogueira, acesa pela inquisição, com mil labaredas a arder.
E até o Largo da Achada há de ficar todo fodido, no futuro Terramoto de Lisboa de 2755.
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